Especial para o WORLD NEWS EXPRESS
por Marcus Mayer
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Apesar da forma tímida, finalmente, o presidente Lula da Silva defendeu a democracia e a liberdade de expressão, durante cerimônia do 24º Congresso de Radiodifusão, ontem, em Brasília: "Se muitas vezes, depois de uma saraivada de más notícias, eu acho ruim, muito pior seria se não existisse democracia nesse país, para a imprensa dizer o que bem entende, na hora em que bem entende e ser julgada pelo único julgador, os ouvintes, os telespectadores e os leitores", afirmou o presidente.
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Infelizmente, o fechamento da maior e mais antiga rede de televisão da Venezuela, a RCTV, verdadeiro atentado contra a liberdade de expressão, cometido pelo idiota latino-americano Hugo Chaves, não tem sido tratado de forma responsável pelo ministério das Relações Exteriores.
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A Venezuela, país-membro do Mercosul desde julho de 2006 – aceitá-la como sócio-pleno já foi uma decisão desastrosa do bloco –, não atende às mínimas exigências do Protocolo de Ushuaia, de 1998, que prevê, já em seu artigo I, o seguinte: “a plena vigência das instituições democráticas é condição essencial para o desenvolvimento dos processos de integração entre os Estados-Partes do presente protocolo”.
A atual gestão no ministério das Relações Exteriores (MRE) é vergonhosa. Basta lembrar a irresponsabilidade cometida em relação ao patrimônio da refinaria da Petrobrás na Bolívia, a desastrosa empreitada de integrar o Brasil ao Conselho de Segurança da ONU, os retrocessos no Mercosul, o enterro da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), as fracassadas negociações na rodada Doha da OMC, o reconhecimento da China como economia de mercado, o descaso para firmar novos acordos bilaterais de comércio com a União Européia e com os Estados Unidos etc. etc.
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A atuação de Samuel Pinheiro Guimarães, esse personagem abominável, porém, não exime de responsabilidades o chanceler Celso Amorim, o assessor-especial para assuntos internacionais da presidência da República, Marco Aurélio Garcia (defensor de primeira-hora da ditadura comunista de Fidel Castro), e o próprio presidente Lula da Silva, que sempre adularam o idiota Hugo Chaves.
Para que se conheçam um pouco melhor os horrores que caracterizam o dinossauro do Itamaraty, expoente brasileiro do idiota latino-americano, em seu livro, “Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes”, Samuel Pinheiro Guimarães (foto) critica o país por ter assinado o “Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares”, em 1995, pede a retomada de investimentos em armamentos e maiores gastos no setor militar para garantir maior desenvolvimento. Somente com essas ‘qualidades’, Samuel Pinheiro já se credenciaria para ser chanceler na Coréia do Norte, em Cuba ou no Irã – jamais no Brasil!
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Em fevereiro, quando de sua demissão do posto de embaixador do Brasil em Washington, Roberto Abdenur, um dos mais experientes diplomatas dos quadros do Itamaraty, criticou de forma contundente a política externa e a doutrinação ideológica em curso no MRE, em entrevista à revista Veja.
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Samuel Pinheiro é ridicularizado pelos seus pares. Chegou ao cúmulo de impor a leitura de obras preconceituosas, marxistas e ultrapassadas aos representantes do Itamaraty. A leitura era parte de um cursinho de duas semanas ao qual submetia todos os diplomatas a serem transferidos de posto. O viés ideológico das aulas, apelidadas no Itamaraty de "Escolinha do Professor Samuel", era inequívoco. Um dos livros traz um prefácio no qual o próprio Samuel Pinheiro ofende os Estados Unidos e trata de forma preconceituosa a ALCA.
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Responsável por promoções, transferências e pela formulação da política externa do governo petista, o perfeito idiota do MRE professa ideário inútil e ultrapassado do fim do século 19. Odeia a globalização, é contrário à abertura econômica, acredita no “imperialismo ianque” e adota como método de trabalho ampulheta e papel-carbono.
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A repercussão da entrevista de Abdenur à revista Veja alcançou, no mínimo, um objetivo. O ministro Celso Amorim manifestou publicamente a intenção de modificar o sistema de leitura obrigatória de livros, imposta desde o início de 2004, pelo vice-chanceler Samuel Pinheiro.
Os adjetivos utilizados para 'qualificar' o secretário-geral do Itamaraty são 'amenos', quando confrontados com outros expressos por diplomatas com quem tive contato recente. Nenhum, porém, pelo fato do exercício das funções realizar-se em embaixadas no exterior, soube precisar se a medida de acabar com a absurda “Escolinha” fora colocada em prática. Do jeito como as decisões no MRE têm sido tomadas durante o governo Lula da Silva, não seria de estranhar se o vexame imposto aos diplomatas continuasse, na surdina.