17 de maio de 2007

24 horas

O agente Jack Bauer, o presidente Palmer, dos Estados Unidos, e o pessoal da CTU são personagens que se tornaram famosos mundo afora. Se você não tem idéia do que estou falando, pergunte a um colega, pois, facilmente, ficará a par. O seriado “24 horas”, da FOX, é um dos melhores entretenimentos televisivos dos últimos anos, encontra-se em sua 6ª temporada e promete mais duas.

Apesar de minha breve ausência nos últimos dias, não me afastei totalmente da rotina diária de leituras, inclusive da visita a alguns blogs. Um deles – o Blog do Sérgio Dávila – chamou à atenção pela polêmica que suscitou, em função de um post sobre notícia interessante, que reproduzo, na íntegra, abaixo:

“Giuliani defende a tortura em debate

Acabou agora o segundo debate entre os dez pré-candidatos republicanos, na Fox News, e a pergunta já está sendo chamada de "Questão 24", em referência à série de TV. Indagado se autorizaria o uso de tortura de um suspeito caso soubesse que isso pararia um ataque nuclear, o senador John McCain (Arizona), segundo lugar na pesquisa entre os pré-candidatos republicanos, disse um sonoro "não". Instado a responder a mesma pergunta, o ex-prefeito de NY Rudolph Giuliani, o primeiro colocado, não titubeou: Ele daria autorização para que fosse usado "qualquer método que eu pudesse pensar" para extrair a informação. Não apóia a tortura, disse, mas reafirmou que autorizaria "qualquer método".

E você?”

Respondi à pergunta, dizendo o seguinte:

Defender a tortura é, naturalmente, algo intolerável. Mas responder à questão, como o fez Giuliani, de forma honesta, é admirável! Além disso, a situação extrema apresentada pelo interpelante foi no sentido de "impedir um hipotético ataque nuclear". A dimensão da tragédia de um ataque, mormente, seria muito maior do que o apelo para uma prática abominável como a tortura - com a qual Giuliani também deixou claro não concordar.

Da esq. para a dir., o sen. John McCain e o ex-prefeito de NY Rudy Giuliani
CRÉDITO: FOX News

Hoje, ao ler os comentários e as demais respostas deixadas naquele blog, observei um extremado repúdio por parte dos leitores, não em relação à tortura ou a um ataque nuclear perpetrado por terroristas, mas aos Estados Unidos. Certamente, esse será o maior legado que deixará o presidente George W. Bush: um anti-americanismo de gigantesca proporção.

Lembremo-nos, porém, de que o segundo mandato de George Bush chegará ao fim no dia 20 de janeiro de 2009. Espero que o ex-vice presidente Al Gore, defensor do multilateralismo e da preservação do meio ambiente, dispute a indicação do Partido Democrata e vença a eleição. Talvez, a imagem americana melhore e sirva de bom exemplo para o resto do mundo, dada a sua inquestionável posição como potência. Os Estados Unidos seriam mais simpáticos ao mundo se tivessem um presidente Palmer.


4 comentários:

Gabriel Souza disse...

É Marcus, o que George "Burro" fez foi apenas aumentar o tamanho do rombo, que já não era pequeno...

Quanto à disputa presidencial, não esqueçamos, no lado Democrata, que além de Al Gore temos Hilary Clinton e o Obama (não lembro o sobrenome dele), que além de ser negro é descendente de árabe... Não me surpreenderei se ele for o candidato dos Democratas.

Marcus Mayer disse...

É isso mesmo, Hillary e Obama são os mais prováveis candidatos Democratas no momento atual. Mesmo assim, estou apoiando um movimento que se chama "Draft Gore Campaign", visando a incentivar o lançamento da candidatura de Al Gore.

Muito obrigado, pelo inteligente comentário, Gabriel!

Felipe Maciel disse...

Oi, Marcus
vinha acompanhando seu blog há um tempo e hoje resolvi comentar.
Muito me surpreende que fale de uma variação tão grande de temas mas sempre de forma perfeita e brilhante. Até dei uma olhada no seu perfil e vi que se trata de alguém muito capaz para escrever dessa forma. Parabéns pelos seus textos e pela excelente argumentação.

Quanto a este post, concordo plenamente, deve-se dar prioridade a inúmeras vidas, pois possuem um valor infinitamente maior que uma mera intolerância ao ato de tortura. Imagino que seja inerente ao cargo a forma flexível de lidar com as diversas situações que devem surgir diante de um presidente da República.

E, só pra constar, fui segundo colocado na Fórmula Bus hehehe

Marcus Mayer disse...

Muito obrigado, Felipe Maciel, pelo gentil e inteligente comentário.

Nosso objetivo no blog é, realmente, didático. Ainda estamos estreando, mas o retorno, atráves de comentários e e-mails tem sido muito satisfatório. E assim também temos a oportunidade de conhecer pessoas interessantes das mais diversas áreas.

Mas sobre a Formula Bus ainda há algumas controvérsias.... hehehe
De qualquer forma, parabéns!