Assim falou Zaraane...
Imersa na turbulência da argumentação rasante pelas calles do arrondissement falou. Não merecia lograr um grand finale, mas um movimento que parla piano, terno.
Visões, sons e sabores pouco antes ingressavam em estética sintonia. A expectativa até aquele instante se preenchia com um movimento oscilante, entre a plenitude e o raro desencanto. Um Malbec impetuoso acicatava o rompante entre a fímbria da racionalidade e do devasso. A paixão apaixonada não mais é como d’autrefois. Mas a busca pela razão de ser, do ser, quase encontra a sua própria Sinnlichkeit.
O par como belle-vue e a geografia favorecida na diagonal, na vertical. Mãos não sentem, mãos não mentem. E os gestos e semblantes cometem faltas. Paroles, paroles, paroles. E o corpo fala como no best-seller popular de um dia. Mas não dá vexame... como queria...
Quisiera ser un pez, para mergulhar em acqua San Pellegrino, refresh... com borbulhas in natura, o grito d’alma refletir em ondas no espelho. Anelos que a boca febril não realiza. Mas sempre há um depois a vir a bailar, mesmo sem saber.
Que se preze a própria virtude assim como certa vez falou Zaratustra. I love you and I hate you and then I love you more. Não mais importa se é o bem ou o mal. Que se viva o momento. Carpe diem muitas vezes mais, sem precisar buscar sentido. Uma superficialidade inconseqüente.
Nessas horas ela está no conforto do Morfeu. Que pensará? – Che sera, sera. Emmenthal e Gruyère e sapore di sale no funghi. Abobrinha não teve ou teve. Mas canela - e limão exclusivo. Dadaísmo de Zurique ou non-sense da vida particular? Um coração que bate forte. Zaraane quer falar.
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