24 de abril de 2007

Non-sense de matina

Assim falou Zaraane...

Imersa na turbulência da argumentação rasante pelas calles do arrondissement falou. Não merecia lograr um grand finale, mas um movimento que parla piano, terno.

Visões, sons e sabores pouco antes ingressavam em estética sintonia. A expectativa até aquele instante se preenchia com um movimento oscilante, entre a plenitude e o raro desencanto. Um Malbec impetuoso acicatava o rompante entre a fímbria da racionalidade e do devasso. A paixão apaixonada não mais é como d’autrefois. Mas a busca pela razão de ser, do ser, quase encontra a sua própria Sinnlichkeit.

O par como belle-vue e a geografia favorecida na diagonal, na vertical. Mãos não sentem, mãos não mentem. E os gestos e semblantes cometem faltas. Paroles, paroles, paroles. E o corpo fala como no best-seller popular de um dia. Mas não dá vexame... como queria...

Quisiera ser un pez, para mergulhar em acqua San Pellegrino, refresh... com borbulhas in natura, o grito d’alma refletir em ondas no espelho. Anelos que a boca febril não realiza. Mas sempre há um depois a vir a bailar, mesmo sem saber.

Que se preze a própria virtude assim como certa vez falou Zaratustra. I love you and I hate you and then I love you more. Não mais importa se é o bem ou o mal. Que se viva o momento. Carpe diem muitas vezes mais, sem precisar buscar sentido. Uma superficialidade inconseqüente.

Nessas horas ela está no conforto do Morfeu. Que pensará? – Che sera, sera. Emmenthal e Gruyère e sapore di sale no funghi. Abobrinha não teve ou teve. Mas canela - e limão exclusivo. Dadaísmo de Zurique ou non-sense da vida particular? Um coração que bate forte. Zaraane quer falar.


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